25 de abril de 2020

25 de Abril- Dia da Liberdade




Foram 48 anos de obscurantismo e sofrimento.
Foram muitas lutas travadas por homens e mulheres de muita coragem, para libertarem um povo triste e amordaçado.
Era a tristeza.
E depois, foi aquela gloriosa manhã de Abril, em que a noite deu lugar ao dia mais brilhante e desejado por todos os portugueses.
Foi um cravo na ponta de uma espingarda. Foram os soldados. Foi... 

A REVOLUÇÃO E A CONQUISTA DA LIBERDADE

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A Revolução de 25 de Abril de 1974, desencadeada pelo Movimento das Forças Armadas, (MFA), constituiu um dos marcos fundamentais da história contemporânea de Portugal. Graças ao “25 de Abril”, restabeleceram-se as liberdades individuais e a democracia, terminou a guerra colonial e reconheceu-se a independência das colónias. Ao derrubar o regime ditatorial iniciado em 1926, com a Ditadura Militar, a Revolução devolveu aos portugueses o direito de traçarem livremente o seu destino colectivo. Milhões de pessoas, nas ruas e praças de todo o país, demonstraram nas ruas, em 1 de maio de 1974, a sua alegria pela reconquista da liberdade.

Porém, os tempos que se seguiram ao 25 de Abril, foram muito agitados. O MFA acabaria por se dividir em várias fações, refletindo a diversidade política e ideológica da própria sociedade. Só depois de 25 de novembro de 1975, a agitação revolucionária daria lugar à institucionalização do regime democrático, reforçado pela aprovação da Constituição de 1976.

Descolonizar, democratizar e desenvolver eram os objetivos fundamentais dos revolucionários do 25 de Abril. Desenvolver, acabaria por ser o objetivo mais difícil de atingir. De qualquer modo, foi a Revolução que criou as condições fundamentais para o desenvolvimento económico, social e cultural da sociedade portuguesa.
Ver vídeo (Salgueiro Maia)



Em 24 de abril de 1974, Salgueiro Maia era capitão na Escola Prática da Cavalaria de Santarém. 
Na madrugada do dia 25 de abril de 1974, forças militares em vários pontos do país aguardavam a palavra de ordem para o desencadear das operações. 

A senha da partida foi transmitida pelo Rádio Clube Português: às 22 horas e 55 minutos do dia 24, com a canção “E Depois do Adeus”, seguindo-se a canção “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, transmitida no programa “Limite”, da Rádio Renascença às 0 horas e 25 minutos do dia 25 de Abril.

Entre as 00h30 e as 03h30 surgem as primeiras operações militares levadas a cabo pelo MFA (Movimento das Forças Armadas). Vários pontos da capital são ocupados ao mesmo tempo: Rádio Clube Português, Comando da Região Militar de Lisboa, Radiotelevisão Portuguesa, Aeroporto de Lisboa, Emissora Nacional e Rádio Marconi.

Salgueiro Maia comandava uma coluna de carros blindados da Escola Prática da Cavalaria de Santarém e, após o sinal, dirigiu-se a Lisboa, à Praça do Comércio/Terreiro do Paço. Ali, procurou negociar a rendição das tropas enviadas pelo governo, mas, por volta das 10h00, o comandante fiel ao governo deu ordem de fogo. Salgueiro Maia colocou-se diante das armas, enfrentando a ordem. Ninguém disparou e uma parte dos soldados passou-se para o lado do MFA. 

De seguida, Salgueiro Maia dirigiu-se para o quartel da GNR, no Largo do Carmo, onde se refugiara o Presidente do Conselho, Marcelo Caetano. O cerco ao quartel durou horas e, na rua, a multidão apoiava a revolta. Marcelo Caetano acabou por se render, tendo sido apoiado a fugir para o Brasil. 

O povo, na rua, festejava e ofereceu cravos vermelhos às tropas. A revolta ficou conhecida como a “Revolução dos Cravos”. Portugal recuperava, assim, a sua liberdade perdida com o golpe militar de 1926…

(Consulta mais informação nos vídeos abaixo, clicando nos cravos)


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Vídeo 2
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