29 de outubro de 2020

Fernando Namora

 

15 Abril 1919 (Condeixa-a-Nova) - 31 Janeiro 1989 (Lisboa)

Fernando Namora, de nome completo Fernando Gonçalves Namora, distinguiu-se sobretudo como médico e escritor português, autor de uma extensa obra literária, das mais divulgadas e traduzidas nos anos 70 e 80.

Poeta, pintor, ficcionista, ensaísta e caricaturista, formou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra. 

Colaborou com várias publicações periódicas, como Sol Nascente, O Diabo, Seara Nova, Mundo Literário, Presença, Altitude, Revista de Portugal, Vértice, entre outras. Autor de várias colectâneas de poesia e de uma pouco conhecida obra como artista plástico, é sobretudo como ficcionista que o nome de Fernando Namora marca a literatura portuguesa contemporânea, tendo granjeado um sucesso a nível nacional e internacional que não é alheio ao facto de essas duas vocações, a de poeta e a pintor, estarem "presentes no olhar e no dizer do ficcionista." (cf. MENDES, José Manuel - Encontros com Fernando Namora, Porto, 1979, p. 93). 

Depois da publicação de dois romances, que refletem a experiência universitária coimbrã, numa já segura articulação entre a análise psicológica e a atenção às determinantes sociais e históricas da conduta do indivíduo, a publicação da novela 

A Casa da Malta irá inscrever este autor na corrente neorrealista, opção facilitada pelo contacto com a realidade social e humana que a experiência de médico em meios rurais lhe impunha. 

Foi em 1965 que abandonou a medicina para se consagrar à literatura, tendo então aceitado o cargo de presidente do Instituto de Cultura Portuguesa, no âmbito do qual desenvolveu iniciativas de apoio aos leitorados portugueses e presidiu à publicação de uma coleção de iniciação à cultura: a "Biblioteca Breve". 



Escreveu, para além de obras de poesia e romances, contos, textos de memórias e impressões de viagem. 

Entre os títulos que publicou, destacam-se os volumes de prosa Fogo na Noite Escura (1943), Casa da Malta (1945), As Minas de S. Francisco (1946), Retalhos da Vida de Um Médico (1949 e 1963), A Noite e a Madrugada (1950), O Trigo e o Joio (1954), O Homem Disfarçado (1957), Cidade Solitária (1959), Domingo à Tarde (1961, Prémio José Lins do Rego), Os Clandestinos (1972) e Rio Triste (1982); e as obras de poesia Mar de Sargaços (1940) e Marketing (1969). 

Uma das facetas menos conhecidas do médico e escritor foi a de caricaturista. 

Trata-se de “uma versão diferente de Fernando Namora, que deu origem a cerca de 180 caricaturas académicas, alusivas aos anos letivos de 1936/37 e de 1941/42, período temporal que reflete a duração do seu próprio curso universitário. Estes trabalhos estiveram expostos ao público no museu P.O.R.O.S em Condeixa, numa iniciativa integrada nas comemorações do centenário do seu nascimento (2019), mas agora podem ser visitados no Agrupamento de Escolas de Ansião até dia 20 de novembro de 2020.

 

Adaptações ao cinema



Várias obras de Fernando Namora foram adaptadas ao cinema. Sendo talvez uma das suas obras mais conhecidas, Retalhos da Vida de um Médico, foi a primeira a ser adaptada ao cinema, por intermédio do realizador Jorge Brum do Canto (em 1962, filme selecionado para o Festival de Berlim), seguindo-se a série televisiva, da responsabilidade de Artur Ramos e Jaime Silva (1979-1980). 

O Trigo e o Joio foi adaptado para o cinema em 1965 numa longa metragem com o mesmo título com realização de Manuel Guimarães e com Eunice Muñoz e Igrejas Caeiro, entre outros. Do mesmo realizador, para televisão e em 1969, tem-se o documentário Fernando Namora. 

Domingo à Tarde (selecionado para o Festival de Veneza), foi realizado por António de Macedo em 1965 e contou com atores como Isabel de Castro, Ruy de Carvalho e Isabel Ruth

Em 1975, surge Fernando Namora – Vida e Obra realizado por Sérgio Ferreira

A Noite e a Madrugada, de 1985, deve a sua realização a Artur Ramos. Resposta a Matilde, de 1986, foi adaptado a televisão por Dinis Machado e Artur Ramos, com a participação de Raúl Solnado e Rogério Paulo. Em 1990, regista-se O Rapaz do Tambor, curta metragem de Vítor Silva.

Prémios e honras

·         Prémio Ricardo Malheiros (1953)

·         Medalha de Ouro da "Societé d'Encouragement au Progrés" (1979)

·         Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico (3 de Setembro de 1979)[8]

·         Prémio D. Dinis (1982)

·         Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (26 de Maio de 1988)[8]

·         Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (29 de Agosto de 2019, a título póstumo)[8]

 

Casa Museu Fernando Namora, em Condeixa


Casa  onde nasceu Fernando Namora






É possível visitar a casa onde Fernando Namora nasceu, e onde os seus pais abriram um pequeno estabelecimento comercial, situada no centro da vila de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra.






"O homem nasceu para a felicidade e todo o mal provém não da privação mas do supérfluo, e enfim, não há grandeza onde não haja verdade e desapego pelo efémero." - Fernando Namora

12 de outubro de 2020

Mês Internacional das Bibliotecas Escolares

 



O tema do MIBE 2020, “Descobrir caminhos para a saúde e o bem-estar com a biblioteca escolar, baseia-se no Objetivo do Desenvolvimento Sustentável número 3 da Agenda 2030 da ONU: Saúde de qualidade. Questão central na atualidade, o tema leva-nos a refletir sobre a relação entre o conhecimento e a construção de uma visão holística do ser humano no mundo. A biblioteca escolar, assumindo a missão de servir a comunidade, é convidada a celebrar neste mês os caminhos que vai descobrindo para ajudar a promover a saúde e o bem-estar ocupacional, emocional, físico, espiritual, intelectual e social das crianças e jovens." (https://www.rbe.mec.pt/np4/2614.html )

Conscientes de que as bibliotecas escolares desempenham um papel muito importante nas escolas e são um veículo de transmissão de conhecimento, não apenas através dos livros, mas também das atividades que aqui se desenvolvem, as equipas das bibliotecas do nosso Agrupamento criaram um conjunto de atividades, que decorrerão em todas as bibliotecas, ao longo do mês, e que visam promover a sua visibilidade conforme cartaz que se disponibiliza.

 

5 de outubro de 2020

5 de outubro - Implantação da República

 Na escola, finalmente!

Entretanto, demos início às nossas atividades de Biblioteca, este ano um pouco mais terde do que o habitual. devico à situação que vivemos, em termos de saúde pública.

Esperamos conseguir, com a dinamização deste espaço, proporcionar-te momentos agradáveis, à semelhança do que aconteceu no ano passado.


Regressámos... 

Voltámos a encontrar-nos, embora com alguma ansiedade, mas confiantes... 

Voltámos a ver-nos olhos nos olhos (apesar da máscara os olhos é que falam!) 

Voltaremos a fazer atividades e a propor novos desafios, ainda que com novas regras e adaptadas à nova realidade. Estamos aqui para vós! Juntos a caminhada é menos difícil. Que neste ano letivo os sonhos se concretizem!

 

VIVA A REPÚBLICA PORTUGUESA!

Implantação da República Portuguesa foi o resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português, iniciada no dia 2 de outubro e vitoriosa na madrugada do dia 5 de outubro de 1910, que destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.

subjugação do país aos interesses coloniais britânicos, os gastos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (o Partido Progressista e o Partido Regenerador), a ditadura de João Franco, a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito. Por contraponto, o partido republicano apresentava-se como o único que tinha um programa capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso.

Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República. Entre outras mudanças, com a implantação da República, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional, a bandeira e a moeda

Fonte: Wikipédia



Procura mais informação sobre a Implantação da República aqui.