A investigação nas regiões polares: Dra. Maria Teresa Cabrita explicou-nos a sua importância como laboratórios naturais

No  dia vinte e sete de novembro decorreu online uma sessão para as turmas de 8º ano do Agrupamento de Escolas de Ansião. Esta atividade foi proposta pela área disciplinar de Ciências Naturais e decorreu no âmbito da Semana da Ciência, em articulação com a Biblioteca Escolar. 

            Foi ministrada pela Investigadora Maria Teresa Cabrita, também Diretora Executiva do Propolar- Programa Polar Português. Este programa diz respeito às missões de investigação de cientistas portugueses nas regiões polares. 

Nesta sessão foram distinguidas estas regiões em termos de área geográfica e território, temperatura, biodiversidade e foi explicada a sua importância como laboratórios naturais para compreender fenómenos que ocorrem noutras latitudes, compreender a sua importância crucial na regulação do clima global e na compreensão das mudanças climáticas que afetam todo o planeta. Com o aquecimento global, muitas zonas de permafrost estão a descongelar rapidamente, algo que não acontecia há milhares de anos. Quando descongela,  o solo e as rochas libertam uma grande quantidade de matéria orgânica,  que ao descongelar os microrganismos decompõem essa matéria e libertam dióxido de carbono e metano, acelerando  ainda mais o aquecimento global.

 Foram dados a conhecer projetos em ciência para conhecimento destas regiões de uma beleza natural única, onde investigar é muitas vezes difícil pois, por vezes, coloca os investigadores e a sua vida em risco.

            Foi explicada a origem grega das palavras Ártico (arktikos , relativo a urso), referência original não era aos ursos-polares, mas sim às constelações da Ursa Maior e Ursa Menor, que são proeminentes no céu do hemisfério norte. Também   foi referida a origem da palavra Antártida, zona mais fria do planeta Terra que se relaciona com o termo grego “antarktikos”, que significa "oposto ao Ártico”.     

            Foram mostradas provas da presença portuguesa nesta região do planeta, foram mostrados os laboratórios das bases onde os investigadores trabalham tendo pouco tempo livre, as igrejas, como se deslocam as pessoas, o que se come, como se calçam e vestem.

            A  Antártida não é de um país em particular mas de vários países. É uma reserva natural dedicada à paz e à ciência, objetivo do tratado da Antártida ao qual Portugal aderiu  no ano 2010.



     

A opinião dos alunos do 8º ano….

 

“A sessão Propolar foi muito interessante. Aprendi como é feito o trabalho de investigação nas regiões polares e percebi a importância destes estudos para compreender melhor o planeta. Senti que o meu conhecimento científico ficou mais rico com esta experiência….gostei bastante, especialmente de descobrir o tamanho real da Antártica, e do Polo Norte. Também gostei de aprender sobre as espécies e a vida dos investigadores, que é bastante atarefada…..Gostei muito de viajar até às regiões polares e perceber melhor como os cientistas estudam ambientes tão extremos. Esta experiência ajudou - me a compreender a importância da investigação para entender o clima e a vida no planeta….”

                             Professores de Ciências Naturais, 8º ano: 

Madalena Ferreira e Rui Silva 

Professor  Mário Marinho: (Físico-Química e Clube de Fotografia)

Professora Conceição Ferreira (BE)

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