21 de março de 2017

Dia Mundial da Poesia

Foi assim que se comemorou o

Dia Mundial da Poesia

na Escola Básica nº 2 de Avelar, com um belíssimo painel constituido por grandes nomes do nosso panorama poético. 

Faça lá um poema! -Vencedores

Parabéns aos vencedores do concurso

"Faça lá um poema"



Poemas premiados

O saber não ocupa lugar


Matemática, a mãe das construções,
Números, gráficos e operações.
Funções, multiplicações e polígonos
Para todas as ocasiões.

Português, pai da literatura e das letras,
Textos, notícias e tercetas.
Verbos, nomes e determinantes,
Mas o português tem tantas amantes!


História, mãe do conhecimento e da evolução,
Gregos, romanos e D. Napoleão.
Reis, nobres e democratas,
Todos remavam pelas suas barcas.

E se todo este saber
Não ocupa lugar,
Porque é que a nossa
Mochila está a transbordar?


Pedro Madruga Nº13 7ºE
(Poema sem título)

Apenas tenho saudades tuas,
Uma pessoa que me abandonou;
Do teu sorriso e da tua voz
Que a cruel e inocente morte levou.

Costumo olhar pela janela
Para o céu limpo e estrelado,
Tentando falar contigo
E lembrar-me do teu sorriso esbranquiçado.

Nem sempre tenho
A resposta que desejo.
Apenas me lembro do teu rosto,
De ti, junto a mim após um beijo.

Apenas tenho receio
De nunca te voltar a ver,
De nunca mais te sentir;
Se calhar, até vale mais morrer.


Carolina Henriques Jorge Nº1 9ºD

(Poema sem título)

Era uma vez
Um ponto.
Era um ponto normal,
Redondinho, pequenino
Com uma forma regular.
Vivia numa imensidão branca
Era um solitário.
Viveu sozinho
Por infinitos segundos,
Tempo que não parecia acabar
Para aquele ponto moribundo.
Logo outros pontos, a ele se juntaram
Eram tantos, e tantos
Que algo de novo se formou…
A vastidão branca
Passou a ser portadora de uma nova figura.
Um dos pontos, um um filósofo aliás,
Deu-lhe um estranho nome:
- É uma letra!
Aquela superfície branca
Era agora uma letra!
E aquele ponto,
Normal, redondinho, pequenino,
Solitário!
Deixou de ser só um,
E passou a ser… vários.

Patrícia Valente Henriques / nº 16, 11ºB
O Carnaval

Quase sempre neste mês,
Festejo o Carnaval,
há alegria nas ruas,
nesta festa sem igual.

Quem és tu ó mascarado
Que andas tão bem
Disfarçado?

Posso vestir-me de bruxa,
Ou de fada com magia,
O que importa é que haja,
Brincadeira e alegria!

Lara Martins Dias
3.º ano T7
EB1 de Ansião
O último adeus

O seu rosto pálido e enrugado
Tentava encobrir o seu sofrimento
Como se a sua missão na Terra tivesse terminado
E a ideia de partir dominasse o seu pensamento

Em forças que não sabia que tinha
Tentei reconfortá-lo com um olhar
Na minha cabeça ainda ecoavam as suas roucas palavras “minha menina”
Bom como a vontade de o abraçar

Não houve tempo para uma despedida decente
tinha chegado a hora
outrora renegada
reuniu-se toda a gente
antes da injustiça sepultada.

Um manto negro se aproximou
Gritos e choros marcaram presença
Saudosos daquele que os deixou
Prontos a encarar a sentença

Se soubesse que o nosso tempo era tão escasso
Tê-lo-ia aproveitado melhor
Não teria subestimado o poder do teu abraço
Mesmo sem conseguir evitar o pior

Ainda assim agradeço o heroísmo que tiveste
Preso àquela cama
Aguentaste firme tudo o que sofreste
E honraste quem te ama

Porém não lamento a tua morte
Celebro antes a tua vida
Um obrigado e um abraço forte
Da tua neta querida

Ana Mendes, nº 7, 9.ºC

20 de março de 2017

Dia Mundial da Poesia

Comemora-se amanhã, 21 de março, o Dia Mundial da Poesia.
Curiosamente, amanhã começa a Primavera.
E quando as duas se juntam...




Mas o que é afinal, a poesia?
O que é ser poeta?

Aqui fica uma possível resposta. Mais abaixo, a letra deste poema maravilhoso. 






Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendos
e não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim…
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

 (Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)