Luís de Camões, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Antero de Quental e Mário de Sá-Carneiro foram alguns dos poetas citados pela nossa convidada que, com o seu sentir, nos deu a possibilidade de saborear alguns dos mais belos textos poéticos da literatura portuguesa recente.
Quanto aos alunos, entre um cruzar de olhares cúmplices e alguma perplexidade e surpresa, tiveram a oportunidade de experienciar uma performance onde as palavras explodiram e foram ditas e sentidas com paixão.
Mas se a Dra. Kátia nos trouxe a poesia, trouxe-nos também a sua vivência pessoal, recuando aos seus tempos de criança e de adolescente, marcados pela família e pela escola, os quais, na sua opinião, foram os pilares determinantes na formação deste gosto pelo poético e pelas artes em geral, bem como pela pessoa que hoje é. Disse ela, que o seu gosto pela poesia lhe vem de casa e de um seu professor, e que a poesia, tal como a literatura em geral, nos torna mais humanos. Esta perceção, explicou, tem-na ajudado na sua condição de médica e investigadora, sobretudo na sua convicção e compromisso perante o juramento hipocrático.
Para terminar este pequeno apontamento, voltaria ao primeiro parágrafo deste texto, relembrando que na educação é preciso arriscar e, naturalmente, também ousar, porque consideramos que a educação deve abrir janelas, como a da poesia e da educação artística, também determinante na formação do gosto pelo belo, que podem depois vir a ser fechadas ou não, consoante o percurso individual de vida de cada um.
Sem dúvida que este encontro com a jovem investigadora e poeta proporcionou um momento diferente e uma experiência singular do poético para estes alunos, que tiveram assim a possibilidade de contactar com a obra de alguns poetas menos canónicos e cujos textos inauguraram novas formas de dizer e fazer poesia, constituindo referências literárias incontornáveis no âmbito da literatura portuguesa e do mundo.
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